O Rio Grande do Norte fechou o 2º trimestre de 2024 com a sexta maior taxa de desocupação do Brasil e a quarta maior do Nordeste, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua Trimestral, divulgada nesta quinta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os dados são referentes aos meses de abril, maio e junho deste ano e foram comparados com 1º trimestre. Segundo o IBGE, o número de desocupados registrados nesse período no estado foi de 144 mil pessoas – no trimestre anterior era de 147 mil.
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O IBGE apontou que o RN apresentou uma taxa de 9,1% de desocupação no 2º trimestre – cerca de de 0,5% a menos que no 1º trimestre. Para o IBGE, a variação representa uma estabilidade.
Os estados com as maiores taxas foram Pernambuco (11,5%), Bahia (11,1%) e Distrito Federal (9,7%). No Brasil, além do RN, 10 estados e mais o Distrito Federal mantiveram estabilidade, e outros 15 estados apresentaram queda na taxa de desemprego.
📣 CONTEXTO: Segundo o IBGE, são consideradas desocupadas as pessoas que estavam sem trabalho e que tomaram alguma providência para conseguir emprego, como entregar currículo, atender a entrevistas de emprego, inscrever-se em concurso. Essas pessoas estavam disponíveis para assumir o posto de trabalho naquela semana caso o tivessem encontrado, porém não obtiveram êxito.
Segundo o IBGE, no RN:
- há 2,94 milhões de pessoas no RN em idade de trabalhar (14 anos de idade ou mais)
- 1,58 milhão estão na força de trabalho –
- sendo 1,44 milhão ocupados (aumento de 4,4% – 61 mil a mais que no 1º trimestre);
- e 144 mil desocupados.
Gênero e cor
A taxa de desocupação das mulheres variou de 13,2% para 10,5% no RN no 2º trimestre de 2024, enquanto a dos homens subiu de 7% para 8%.
Quanto à cor/raça, a taxa de desocupação no RN entre brancos (7,7%), pretos (11,5%) e pardos (9,6%) ficou acima da taxa nacional, que foi de 5,5%, 8,5% e 7,8% respectivamente.
No município de Natal, as taxas para brancos (5,8%) e pretos (10,1%) foram superiores à nacional. Apenas entre os pardos a taxa foi inferior à taxa do Brasil, 7,3% contra 7,8%.
Setores
Segundo o IBGE, os setores com mais empregos no segundo trimestre de 2024 foram:
- administração pública, com 367 mil pessoas;
- comércio, com 304 mil pessoas;
- Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, com 165 mil pessoas;
- indústria geral, com 122 mil pessoas ocupadas.
Rendimento
O rendimento mensal recebido no trabalho principal do empregado do RN teve um aumento médio de R$ 147,00, segundo o IBGE, se comparado ao 1º trimestre de 2024 – indo de R$ 2.409,00 para R$ 2.556,00. O crescimento foi de 6,1%.
Em relação ao sexo, a diferença do rendimento médio mensal entre homens (R$2.680,00) e mulheres (R$2.376,00) no Rio Grande do Norte foi de R$ 304 – R$ 5 a menos que no trimestre anterior.
Informal
Segundo o IBGE, 595 mil trabalhadores do RN estavam na condição de informais no 2º trimestre de 2024, representando 41,3% da população ocupada. Esse percentual está acima da média brasileira (38,6%).
Em Natal esse indicador é 31,3% o que equivale a 225 mil pessoas na condição de informalidade para a capital potiguar.