Com diversos dados empresariais e pessoais de clientes, as empresas estão cada vez mais no alvo de criminosos. Em comparação com pessoas físicas, elas são mais vulneráveis aos ataques cibernéticos, já que guardam dados valiosos, como informações financeiras, propriedade intelectual e segredos comerciais. No Rio Grande do Norte, em 2023, os serviços médicos, turísticos, varejistas e entidades públicas foram os que mais sofreram violações. Segundo a Agência Brasileira de Inteligência, as empresas do Estado tiveram, aproximadamente, 5,2 mil ataques no ano passado. Em comparação com 2022, que teve 3,7 mil, o valor representa um aumento de 40,5%.
O Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2024 citou que apenas 3% das empresas e organizações adotam práticas mais robustas de cibersegurança, como análise preditiva de fraudes e reforço na segurança dos dados.
Um exemplo de ataque foi o apagão cibernético global há exatamente um mês. Uma pane no sistema de software da empresa CrowdStrike provocou o fenômeno, resultando em problemas globais em voo, transmissões de TV e rádio e interrompendo os sistemas bancários. O Rio Grande do Norte não ficou fora dos problemas enfrentados. No Estado, apesar de não ter ocorrido roubos de dados, serviços como check-in, etiquetagem de bagagem e embarque de, pelo menos, um voo no Aeroporto Internacional de São Gonçalo foram realizados de forma manual, segundo informou Ramon Fontes, professor do Instituto Metrópole Digital (IMD/UFRN) e especialista em Segurança da Informação.
Fonte: Portal Tribuna do Norte