
Uma pesquisa aponta que 22% dos brasileiros, especialmente das classes C, D e E, de até 29 anos, consomem energéticos fora de casa. A compra é feita em supermercados, adegas e também de vendedores ambulantes.
Para a faxineira Valeska Nascimento, a bebida ajuda a aproveitar ao máximo as festas.
“Eu tomo uma noite seguida, uma noite inteira, até de manhã. Você fica a noite inteira em pé, dançando, curtindo”, conta.
Marcivan Barreto, líder comunitário na favela de Heliópolis, observa o consumo generalizado do produto entre os jovens, especialmente associado à bebida alcoólica.
“Com a onda dos bailes, todo mundo consome energético, bebida alcoólica. Então eu acho uma mistura muito perigosa”, comenta.
De acordo com os médicos, a mistura é um dos principais problemas quando se trata da ingestão de energéticos.
Isso porque uma das principais substâncias das bebidas energéticas é a cafeína, um estimulante que começa a fazer efeito minutos depois de consumido.
A cafeína em excesso é o que faz o coração bater mais rápido, o que pode provocar palpitações e aumentar a pressão arterial. Além disso, ela também mexe com o cérebro.
“O consumo moderado, daquela dose segura, eu acredito que ainda pode ser feito, mas não de forma exacerbada. Isso terminantemente eu acredito que não seja a melhor forma do uso dessas bebidas energéticas”, alerta Rodrigo Bougleux, presidente do Grupe de Estudos em Cardiologia do Esporte da Sociedade Brasileira de Cardiologia (GECESP).
G1