JOVEM BRASILEIRA QUE CAIU DURANTE TRILHA NA INDONÉSIA É ENCONTRADA SEM VIDA POR EQUIPE DE RESGATE

Foto: Reprodução/Instagram @resgatejulianamarins

A brasileira Juliana Marins, de 27 anos, que caiu durante a trilha de escalada no na Ilha de Lombok, na Indonésia, teve óbito confirmado no fim da manhã desta terça-feira (24). A informação foi publicada por meio do perfil oficial sobre o desaparecimento da jovem no instagram (@resgatejulianamarins), mantido por familiares.

“Hoje, a equipe de resgate conseguiu chegar até o local onde Juliana Marins estava. Com imensa tristeza, informamos que ela não resistiu. Seguimos muito gratos por todas as orações, mensagens de carinho e apoio que temos recebido”, diz o comunicado.

Juliana caiu em uma área de difícil acesso, enquanto fazia uma trilha rumo ao cume do Monte Rinjani, na Ilha de Lombok, por volta das 4h da manhã do último sábado (21) noite de sexta-feira (20), pelo fuso do Brasil. A trilha é conhecida por sua beleza, mas também por seus desafios e riscos naturais.

Na segunda-feira, a equipe conjunta de Busca e Salvamento (SAR) publicou nas redes sociais que havia localizado a jovem. “O chefe do Escritório de Busca e Salvamento de Mataram,Muhamad Hariyadi, disse que a vítima foi encontrada pela manhã de segunda (horário de Brasília), a aproximadamente 500 metros do ponto inicial da queda”, consta na publicação.

A jovem aguardava pelo resgate desde a madruga do último sábado (21), mas o trabalho precisou ser interrompido mais de uma vez em virtude de condições climáticas. Em nota divulgada no último domingo (22), o Ministério das Relações Exteriores do Brasil informou que as autoridades locais seguiam em contato com a embaixada brasileira.

Familiares e amigos, contudo, relataram desencontro de informações, inclusive sobre a veracidade de que Juliana teria recebido alimentos e bebidas, como chegou a ser divulgado no sábado (21).

Por meio do perfil nas redes sociais, o pai de Juliana informou que estava embarcando para Bali na manhã desta terça-feira (24). “Graças a Deus, estamos embarcando agora para Bali. São aproximadamente 10 horas de voo”, disse. No momento da publicação, antes da confirmação da morte da jovem pela equipe de resgate, ele compartilhou ter a esperança de trazer a filha de volta para o Brasil ainda com vida.

Trajetória de Juliana na comunicação e paixão por viagens

Juliana morava em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro, e em dezembro de 2021 concluiu a graduação em Publicidade e Propaganda na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ela chegou a trabalhar no canal Off (com produção e conteúdo) e no Multishow (com produção de conteúdo digital), segundo registrou em seu perfil no LinkedIn, onde acumulava elogios profissionais.

“Tive a oportunidade de trabalhar com Juliana Marins, (que) se destacou por sua proatividade e criatividade excepcionais. Sua habilidade em conduzir processos do início ao fim, especialmente em projetos envolvendo talentos e influenciadores, era admirável Essa competência gerava uma confiança mútua, onde os talentos se sentiam seguros e bem representados por ela”, escreveu Flávia Alvarenga, que foi supervisora de Juliana.

Além da carreira em Comunicação, a fluminense praticava pole dance – era dançarina da modalidade – e natação e adorava viagens e de aventuras, segundo registrava em seu perfil no Instagram. Reunindo essas duas preferências, no final de fevereiro ela viajou sozinha do Rio de Janeiro para um “mochilão” pela Ásia. Esse é o tipo de viagem em que a pessoa organiza seus próprios horários e preferências, sem acompanhar a rotina de uma excursão guiada, o que permite ao viajante vivenciar experiências com tempo e tranquilidade.

Juliana passou por Filipinas, Vietnã, Tailândia e estava na Indonésia. Durante a viagem, postou fotos e vídeos nas redes sociais. No Instagram, onde seu perfil chegou a 84,9 mil seguidores nos últimos dias, em decorrência da repercussão do caso, a última postagem de Juliana foi feita em 10 de junho e reunia 17 fotos retratando momentos dela na Indonésia, em meio a paisagens e atividades de lazer.

Em outra postagem, em 29 de maio, Juliana publicou uma série de 19 fotos suas naquele mês e escreveu: “minhas emoções esse mês foram como as curvas de ha giang. A viagem ao Vietnã começou incrível, até que, na próxima curva, tive algumas crises de ansiedade e, logo na virada seguinte, vivi uma das melhores fases dessa aventura. Fazer uma viagem longa sozinha significa que o sentir vai sempre ser mais intenso e imprevisível do que a gente tá acostumado. E tá tudo bem, nunca me senti tão viva”.