Pesquisa Ipsos-Ipec realizada dois meses após a escolha do papa Leão XIV mostra que 38% dos brasileiros avaliam o início do pontificado como ótimo ou bom. O papado completa 100 dias neste sábado (16).
Segundo o levantamento, obtido com exclusividade pelo g1, 14% dos entrevistados consideram o papado como ótimo e 24% bom. Outros 28% consideram regular e 5% como avaliaram como ruim ou péssimo.
Outros 29%, quase um terço da população, afirmaram não saber ou preferiram não responder à pergunta. Para Márcia Cavallari, diretora do instituto, o alto índice de pessoas sem opinião indicaria que ele ainda estaria sendo avaliado.
“O alto percentual de pessoas que ainda não têm uma opinião formada não deve ser visto como desinteresse, mas como um período de observação atenta. Há um espaço considerável para o novo pontífice construir e firmar sua imagem, já que quase um terço da população ainda não tem opinião formada a respeito do novo Papa”, pondera Márcia Cavallari, diretora de Ipsos-Ipec.
Foram feitas 2 mil entrevistas entre os dias 3 e 8 de julho de 2025, em 131 municípios brasileiros. O nível de confiança da pesquisa é de 95%, e a margem de erro máxima estimada para o total da amostra é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Entre os católicos, a avaliação positiva é maior: 54% avaliam os primeiros meses como ótimo ou bom (21% e 33%, respectivamente) e, nesse segmento, o percentual de quem não soube responder cai para 17%. Entre os evangélicos, a aprovação é menor, 22% (8% ótimo e 14% bom), e o número daqueles que não souberam ou não responderam salta para 41%.
A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais entre os entrevistados católicos e de quatro pontos percentuais entre os evangélicos.
Continuidade de papado de Francisco e otimismo
O levantamento aponta a percepção da continuidade entre o papado de Leão XIV e o de seu antecessor, Francisco, que morreu em abril em decorrência de um acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência cardíaca.
Segundo a pesquisa, 45% acreditam que o novo papa segue a mesma linha de Francisco, enquanto 18% veem alguma mudança e 9% enxergam uma grande mudança. Já 28% não souberam ou preferiram não responder.