
A Polícia Federal realizou buscas em endereços vinculados a parlamentares, entre eles o ex-líder do PL (Partido Nacional), Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ), e Carlos Jordy (PL-RJ), e assessores no âmbito de uma investigação que apura supostos desvios de recursos das cotas parlamentares.
A RECORD apurou que os celulares dos dois parlamentares foram apreendidos. Além disso, a corporação encontrou cerca de meio milhão de reais na casa de Cavalcanti (veja mais abaixo).
Ao todo, o ministro Flávio Dino, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou sete mandados de busca em endereços localizados no Distrito Federal e no Rio de Janeiro.
“De acordo com as investigações, agentes políticos, servidores comissionados e particulares teriam atuado de forma coordenada para desviar e ocultar verba pública”, informou a PF.
🔎 Cota parlamentar é um valor mensal em dinheiro que deputados, senadores e vereadores recebem do orçamento público para custear despesas diretamente ligadas ao exercício de seus mandatos, como passagens aéreas, telefonia, aluguel e manutenção de escritórios de apoio, alimentação, divulgação do mandato e segurança, substituindo antigas verbas indenizatórias
Os parlamentares são suspeitos de lavar dinheiro em contratos falsos com empresas de fachada, como uma locadora de veículos.
A ação é um desdobramento de operação deflagrada em dezembro de 2024 e apura os crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Dinheiro
A PF encontrou diversos malotes de dinheiro na casa de Sóstenes. Eles estavam em sacos de lixo. Até o momento, a corporação calcula que foram encontrados meio milhão de reais.
As defesas
Por meio das redes sociais, Jordy classificou a ação da PF como “perseguição implacável.”
O R7 tenta contato com as defesas, e o espaço permanece aberto.
Operação ‘Rent a Car’
A operação de hoje é um desdobramento da operação “Rent a Car”, deflagrada em dezembro de 2024. Na ocasião, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados a assessores de dois parlamentares.
A ação investigava a suspeita de um esquema relacionado a contratos de aluguel de veículos, suspeita que foi negada pelos parlamentares.
Na época, a PF informou que os crimes apurados eram peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. As buscas ocorreram nos estados do Rio de Janeiro, Tocantins e no Distrito Federal, totalizando seis mandados.