O Governo do RN dá continuidade a entendimentos para ampliar o programa Algodão Agroecológico Potiguar. Nesta segunda-feira 13, a governadora Fátima Bezerra se reuniu com dirigentes do Instituto Riachuelo para tratar da inserção no projeto governamental. Lançado em dezembro de 2021, o programa é a maior iniciativa do Brasil nesta cultura com bases agroecológicas.
Em 2022, primeiro ano de execução, foram quase 350 hectares de produção em área consorciada a culturas como milho, feijão, sorgo e gergelim, 254 famílias envolvidas e mais de 120 toneladas colhidas. O faturamento ultrapassou R$ 500 mil.
A Sedraf e entes parceiros encerraram o ciclo algodoeiro com a mobilização para a safra 2023, por meio da realização de seis seminários territoriais, que contemplaram os territórios Potengi, Sertão Central, Mossoró/Assú, Sertão de Apodi, Alto Oeste Potiguar, Seridó, Trairi, Agreste Litoral, Terra dos Potiguares e Mato Grande.
A meta para 2023 é incluir 1.000 famílias no processo produtivo, ampliar a área cultivada para mil hectares, com presença em mais de 100 municípios e estimular a participação de mulheres e jovens.
O projeto se destaca por seus diferenciais que são a distribuição de sementes orgânicas, assistência técnica, certificação agroecológica e garantia de compra para a rama ou a pluma do algodão, por empresas parceiras nacionais e internacionais.
“Começamos este projeto e agora vamos expandir, chegar a 109 municípios para gerar renda e trabalho. O Instituto Riachuelo é muito bem-vindo para se somar aos esforços do Estado, promovendo o desenvolvimento econômico e social sustentável, com a produção de fibra e alimentos em consórcio, e transformando a realidade no campo”, afirmou a governadora Fátima Bezerra.
Diretor do Instituto Riachuelo, Gabriel Rocha Kanner disse que a parceria com Governo do Estado promove um arranjo eficiente e produtivo que beneficia a população no interior e atende a crescente procura de empresas que desejam trabalhar com matéria prima sustentável.
Diretor técnico do Sebrae-RN – instituição parceira do projeto -, João Hélio considerou que o Instituto chega para somar esforços no estímulo à produção de algodão agroecológico. E o grupo Riachuelo tem capilaridade para consumir a produção, fabricar e comercializar produtos.
“Estamos fazendo a junção de esforços, de forma articulada. Com isso ganha o Rio Grande do Norte e a agricultura familiar por que estamos trabalhando com algodão sustentável, que não utiliza agrotóxicos ou insumos químicos, utilizando também a mão de obra feminina que recebe capacitação. O sucesso do programa já atrai a FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura), e a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária)”, afirmou Alexandre Lima, secretário de Estado do Desenvolvimento Agrário e da Agricultura Familiar (Sedraf).
Acompanharam a governadora na reunião os secretários de Estado, Virgínia Ferreira (SEGRI), Alexandre Lima (SEDRAF), adjunto do GAC, Ivanilson de Souza, adjunto da Sedec, Sílvio Torquato; Davi Soares, subsecretário da SAPE, e César Oliveira (diretor-geral da EMATER). Também participaram João Hélio, diretor-técnico do SEBRAE/RN e Renata Fonseca, coordenadora do Instituto Riachuelo.