O Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel é uma das principais unidades de saúde que recebem vítimas de acidentes de trânsito. Entre sábado 4 e domingo 5 foram 77 atendimentos a vítimas de acidente com motocicleta. Nas primeiras horas da manhã de segunda-feira 6, outros 11 motociclistas já tinham dado entrada no pronto-socorro Clóvis Sarinho.
O Walfredo Gurgel registrou, entre fevereiro e abril, 2.164 atendimentos a casos envolvendo motociclistas. O recorde foi o mês de março, com 765 atendimentos – ou, fazendo a média, um acidentado dando entrada no hospital a cada hora.
O dado de março apurado pelo Núcleo de Acesso e Qualidade Hospitalar da unidade, é o recorde histórico dos últimos três anos, quando o dado passou a ser melhor detalhado. O levantamento ainda indica que a grande parte dos atendimentos são provenientes da Região Metropolitana, sendo 37,89% dos acidentes ocorridos na capital, com destaque para os bairros de Lagoa Nova, Potengi e Alecrim, seguida de Parnamirim, Macaíba, São Gonçalo do Amarante, Extremoz e Ceará-Mirim.
No âmbito geral, vítimas de acidente de moto são a segunda maior demanda do Walfredo Gurgel, ficando atrás apenas de queda da própria altura. Dos casos totais, 709 pessoas, ou 32,76%, foram internadas no HMWG após o primeiro atendimento de urgência, com uma média de cinco dias de permanência.
A maior incidência de problemas envolve fratura na perna, seguida de traumatismo craniano e fraturas no antebraço, no pé e no ombro/braço. Quase 60% dos pacientes atendidos no Walfredo por acidente de moto estão entre 21 e 40 anos, ou seja, em plena idade econômica ativa. Outros 10% têm entre 16 e 20 anos, enquanto 15% configuram-se na faixa de 41 a 50 anos.