
O Rio Grande do Norte registrou, em 2024, a maior produção de mel de abelha da sua história: 1.190.489 quilos. O volume supera a marca de 1 milhão de quilos, atingida apenas em 2008 e 2009, e consolida o Estado como o 11º maior produtor do País. Os dados são da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) 2024, divulgada nesta quarta-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado representa um crescimento de 30,9% em relação a 2023 — o quarto maior aumento do Brasil, atrás apenas de Amazonas (95,7%), Mato Grosso (35,1%) e Pernambuco (34,7%). No total, a produção nacional foi de 67,3 mil toneladas, também recorde, 4,7% acima do ano anterior.
Segundo a analista do IBGE Mariana Sguilla de Oliveira, o avanço se deve a “condições climáticas favoráveis, que garantem oferta de recursos alimentares para as abelhas, quanto pela crescente demanda por produtos naturais e saudáveis, em nível nacional e internacional, estimulando o setor apícola do País”.
Ela lembra que as exportações brasileiras de mel também cresceram, alcançando o terceiro maior volume e o quarto maior faturamento da série histórica da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). “Outro recorde alcançado dentro das estimativas da pesquisa foi no valor de produção, ocorrendo um aumento de 11,4% e, pela primeira vez, o montante ultrapassou R$ 1 bilhão”, acrescentou.
Entre os municípios potiguares, Apodi se mantém como líder absoluto, com 250 mil quilos de mel, seguido por Macaíba (100 mil kg), Serra do Mel (50 mil kg), São Miguel (42 mil kg) e Caraúbas (39 mil kg).
O mel potiguar também ganhou mais peso econômico: o valor de produção chegou a R$ 21,4 milhões, um salto de 59,4% sobre 2023. Com isso, a atividade passou a representar 1,16% dos R$ 1,85 bilhão gerados pelos produtos de origem animal no estado.
Os municípios que mais produziram
- Apodi – 250 mil kg
- Macaíba – 100 mil kg
- Serra do Mel – 50 mil kg
- São Miguel – 42 mil kg
- Caraúbas – 39 mil kg