O ministro de Energia da Ucrânia disse, nesta sexta-feira (20), que a situação na usina nuclear de Zaporizhzhia, atualmente controlada pela Rússia, está piorando por conta do estado psicológico da equipe ucraniana e das condições dos equipamentos.
A equipe ucraniana permaneceu na usina no sudeste da Ucrânia desde que as forças russas a capturaram em março do ano passado, logo após a invasão de Moscou.
A usina nuclear, a maior da Europa, tem sido repetidamente atacada, gerando temores de um desastre nuclear. Cada lado culpa o outro pelo bombardeio.
“A situação está realmente piorando. Está piorando não apenas por conta do estado mental dos especialistas ucranianos restantes, mas também devido à condição do equipamento”, disse o ministro de Energia, German Galushchenko, a uma emissora de televisão ucraniana.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão regulador das Nações Unidas, está tentando estabelecer uma zona segura ao redor da instalação.
A AIEA diz ter uma presença permanente de até quatro especialistas em Zaporizhzhia, mas o diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, que visitou a Ucrânia esta semana, disse estar preocupado que o mundo esteja se tornando complacente com os perigos.
A empresa de energia nuclear da Ucrânia, Energoatom, disse que as forças russas continuaram a construir fortificações militares em torno das unidades de energia nuclear na estação.
Ele também disse que os russos na estação não podem iniciar as unidades de energia devido à falta de pessoal e que cerca de 1.500 especialistas ucranianos foram impedidos de entrar depois de se recusarem a assinar contratos com entidades russas.