WALTER ALVES NÃO QUER REPETIR FERNANDO FREIRE E IBERÊ FERREIRA

O vice-governador Walter Alves (MDB) sabe que vai assumir o governo no início de abril de 2026 para a governadora Fátima Bezerra (PT) ser candidata ao Senado Federal.

Conforme a legislação eleitoral, a desincompatibilização deve ocorrer seis meses antes do pleito. Fátima cumprirá.

Walter tem dito que não pretende exercer o direito natural à reeleição.

Posição de hoje, que pode mudar amanhã, conforme o cenário.

Disputar o governo é tentador, principalmente para quem tem a caneta na mão, mas não é tudo. Walter sabe disso.

A história recente mostra que nenhum vice-governador que assumiu o governo do RN conseguiu êxito ao disputar a reeleição.

Em 2002, Fernando Freire assumiu a titularidade com a renúncia do governador Garibaldi Filho (MDB), pai de Walter, e foi derrotado na disputa pela ex-governadora Wilma de Faria (falecida em 15 de junho de 2017).

Em 2010, Iberê Ferreira (falecido em 13 de setembro de 2014) assumiu com a renúncia da governadora Wilma e foi derrotado ao buscar a reeleição pela então senadora Rosalba Ciarlini.

Fernando e Iberê foram candidatos representando um modelo político-administrativo que já durava oito anos. O sentimento de mudança era natural.

O único vice que foi candidato a governador e obteve êxito foi Robinson Faria, em 2014, mas este estava rompido politicamente com a governadora Rosalba desde o primeiro ano de gestão, portanto, não representava o governo.

Agora, a bola da vez é Walter Alves.

Se ele mudar de ideia e decidir ser candidato a governador, vai às ruas representando os oito anos da gestão Fátima Bezerra, como fez Fernando e Iberê em 2002 e 2010.

Hoje, Walter não seria candidato.

defato.com