Nas eleições municipais deste ano, 17 municípios potiguares não elegeram nenhuma mulher para a Câmara Municipal, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Isso representa 10% do total de municípios do Rio Grande do Norte – ao todo, são 167.
Os 17 municípios potiguares integram uma lista de 775 municípios brasileiros que não terão representação feminina na Câmara Municipal a partir de 2025. Isso significa aproximadamente 1 em cada 7 municípios do País. O número, apesar de ainda significativo, diminuiu com relação à última eleição, de 2020, quando 929 cidades ficaram sem nenhuma vereadora.
De acordo com o TSE, o Rio Grande do Norte elegeu 362 mulheres vereadoras neste ano, num universo de 1.657 eleitos. Ou seja, as mulheres representam só 21,8% do total de eleitos. Mesmo o índice sendo baixo, o RN está acima da média nacional. Considerando o País inteiro, a participação feminina é de 18,24% na composição das Câmaras eleitas.
Em Natal, dos 29 vereadores eleitos, 6 são mulheres (20% do total) – mantendo o mesmo tamanho da bancada feminina atual. Em ordem de maior votação, são elas: Thabatta Pimenta (Psol), Brisa (PT), Camila Araújo (União Brasil), Nina Souza (União Brasil), Samanda (PT) e Anne Lagartixa (Solidariedade). Vale ressaltar que Thabatta será a primeira mulher trans na história a ocupar um assento na Câmara da capital potiguar.
PREFEITURAS. O Rio Grande do Norte teve no 1º turno das eleições de 2024 um aumento no número de mulheres eleitas prefeitas, em relação ao pleito de 2020. Há quatro anos, o RN havia eleito 37 mulheres como prefeita. Agora em 2024, dos 166 municípios potiguares com eleição já definida, em 42 deles as mulheres foram vitoriosas.
Este número ainda pode aumentar no 2º turno, que ocorre em 27 de outubro. Na capital potiguar, Natália Bonavides (PT) ainda está no páreo na disputa de Natal, contra Paulinho Freire (União Brasil).