A CIÊNCIA DEVE SERVIR À HUMANIDADE E NÃO SER SUA MESTRA E GOVERNA-LÁ, DIZ PAPA LEÃO XIV

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Durante a 3ª Conferência Internacional de Bioética, realizada em Roma, o Papa Leão XIV enviou uma mensagem contundente sobre o papel da ciência na sociedade. Em pronunciamento lido pelo secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, o pontífice afirmou que “a ciência deve permanecer a serviço da humanidade, nunca se tornando sua mestra”. A declaração foi feita em apoio ao evento sediado no Pontifício Instituto Patrístico Agostiniano, que teve como tema central “O Esplendor da Verdade na Ciência e na Bioética”.

O Papa expressou seu “vivo apreço” pela iniciativa e ressaltou a importância de refletir sobre as implicações éticas do progresso científico. Segundo a mensagem da Santa Sé, o pontífice defendeu um “diálogo interdisciplinar baseado na dignidade da pessoa humana” e afirmou esperar que encontros como esse “fomentem abordagens à ciência cada vez mais autenticamente humanas e respeitosas da integridade da pessoa”. A fala ecoa preocupações recorrentes da Igreja com os limites morais da pesquisa científica, especialmente em áreas como genética, inteligência artificial e medicina reprodutiva.

Com apoio da Pontifícia Academia para a Vida e do Dicastério para a Cultura e a Educação da Santa Sé, a conferência reuniu cerca de 400 participantes de diversas partes do mundo, entre eles pesquisadores, médicos, filósofos e juristas. O cardeal Willem Jacobus Eijk, arcebispo de Utrecht, na Holanda, foi o responsável pelo discurso de abertura, no qual delineou três princípios fundamentais para orientar a bioética e a pesquisa científica a serviço da verdade.

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