O Governo do Estado amplia a quantidade de vagas da educação em tempo integral e, ao longo deste ano, ao menos 25 mil estudantes serão contemplados. A meta é implantar essa modalidade em metade das escolas estaduais até 2025, o que permitirá um número de beneficiados ainda maior. O número dessas escolas sai de 92 para 150 a partir de 13 de fevereiro, data do início do ano letivo de 2023.
Durante a abertura do seminário “Formação Inicial para as Unidades Escolares em Tempo Integral”, em Natal, a secretária estadual da Educação, da Cultura, do Esporte e do Lazer, professora Socorro Batista, informou que uma das ideias é criar incentivo financeiro para a cultura e o esporte dentro das escolas em tempo integral, depois de ouvir sugestão de um aluno no interior do Rio Grande do Norte: “Nós temos um potencial instalado, que precisamos desenvolver. Não dá para pensar em educação em tempo integral se não proporcionar essas questões, que vão fortalecer o ensino”.
A secretária disse que é preciso fortalecer cada vez mais o regime de colaboração entre estado e municípios. “Estou convencida de que só vamos mudar o nível de aprendizagem dos alunos se houver uma colaboração entre estado e municípios, e o estado liderar um grande movimento pela recomposição da aprendizagem dos alunos.”
Socorro Batista ainda reforçou a necessidade de uma parceria com os municípios, a partir de sugestão da presidente estadual da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime-RN), Joária de Araújo Vieira: “Precisamos institucionalizar melhor essa parceria, fazer um encontro para trazer os 167 secretários municipais de Educação a Natal e firmar um pacto.”
A coordenadora estadual de Desenvolvimento Escolar Glauciane Pinheiro Andrade informou que existem 20 escolas de ensino fundamental em tempo integral, número que será ampliado para 55.
Às de ensino médio são 72 e agora serão 95. Segundo ela, o seminário é parte do “processo de formação para que todos conheçam a proposta curricular das escolas em tempo integral”.
A partir daí, acrescentou Glauciane Pinheiro, a comunidade escolar “pode ir trabalhando o início do ano letivo com professores e estudantes, informando como é essa proposta e ir implantando durante todo o ano de 2023”.
O subsecretário de Educação do RN, Álvaro Luiz Bezerra, disse que o programa de educação em período integral no Rio Grande do Norte está tendo expansão gradual e constante, “mas faremos o máximo para que isso aconteça da melhor forma”, vez que a ampliação das escolas em regime de tempo integral “é muito mais do que uma vontade da Secretaria da Educação, é um programa realmente de governo, porque a governadora Fátima Bezerra fala constantemente sobre a necessidade da ampliação do número das escolas de tempo integral”.
Para Álvaro Bezerra, “esse ensino tem de ser de qualidade e a formação do aluno tem que ser integral na sua essência”, razão pela qual o seminário reunindo 700 pedagogos, professores, dirigentes de escolas e outros membros da comunidade escolar, “é a oportunidade para discutir com muita profundidade nesses dias todo o planejamento para este ano”.
Segundo Bezerra, “isso exige um planejamento todo articulado, como é o lema da jornada pedagógica deste ano, comunica-se diretamente com essa necessidade que temos de implantarmos gradualmente, mas dentro de um planejamento as escolas que passarão a oferecer tempo integral”.
O secretário-adjunto destacou que a necessidade de atender e oferecer escola em tempo integral pressupõe a formação dos alunos na sua integralidade. “Precisamos cada vez mais estarmos focados e pensando, constantemente, que formação estamos oferecendo aos nossos alunos, porque são a razão maior de estarmos todos aqui”.
A presidente da Undime-RN, Joária Vieira, defende o fortalecimento da parceria entre Estado e municípios: “o desafio da Educação é enorme, a gente sabe que nos últimos anos fomos atropelados por uma pandemia, e que a recomposição da aprendizagem é uma das prioridades dos municípios, e atendermos os alunos de forma integral, torna-se um desafio e caminho para esse processo.”
Segundo Joária Vieira, os três dias de seminário são importantes para que “sementes sejam plantadas e possamos colher nos municípios, pois sabemos o quanto precisamos estar ao lado dos alunos nessa luta, não só pela aprendizagem de conteúdo, mas que possam ter o gosto, a vontade, o desejo de estar em nossas escolas”.
Como professora, disse Jória Vieira, “sabemos como foi o desafio de manter o aluno em sala de aula, que essa experiência da educação integrada implantada no Estado possa ser uma semente plantada e um espelho também em todos os municípios”.
A coordenadora estadual do Sindicato dos Trabalhadores em Educação, Fátima Cardoso, destacou a luta da governadora Fátima Bezerra para implementar o Plano Estadual de Educação.
“Estamos vivendo o momento de reconstrução do País, e a educação do RN, nesse contexto, precisa ser prioridade, estar no foco e na ordem do dia para desenvolvermos os melhores projetos e deles colhermos as possibilidades de termos a educação do Rio Grande do Norte reconstruída”.