
O iceberg A23a despertou a atenção de cientistas ao redor do mundo devido ao seu tamanho considerável, comparado a duas vezes a área da cidade de São Paulo, e à ameaça que representa ao delicado ecossistema da ilha Géorgia do Sul, situada no Atlântico Sul. A ilha, habitat de pinguins e focas, corre risco de sofrer impactos ambientais severos caso o iceberg colida com ela.
A notícia é d’O Antagonista. Pesquisadores utilizam imagens de satélite para monitorar os movimentos do A23a. Esse iceberg se desprendeu da Plataforma Filchner em agosto de 1986 e, após um longo período encalhado, começou a deslocar-se rumo ao norte, aumentando as preocupações sobre um possível impacto ambiental.
Para onde está indo o iceberg A23a?
Desde 2020, o iceberg A23a, anteriormente inerte perto das Ilhas Órcades do Sul, começou a mover-se para o norte, atingindo águas mais quentes que estão acelerando seu derretimento gradual. Agora, a menos de 300 km da ilha Géorgia do Sul, ele ameaça o ecossistema da região, que poderá sofrer perturbações significativas com a sua chegada.
O derretimento do A23a pode afetar o ambiente marinho?
A perda de massa do iceberg, inicialmente de 3.900 km² e agora reduzido para cerca de 3.500 km², altera a salinidade e a temperatura do oceano, o que pode repercutir nas correntes e na biodiversidade marinha. Cientistas estão atentos aos possíveis efeitos negativos da infusão de água doce no ecossistema local.
Como o monitoramento por satélite ajuda a evitar desastres?
O uso de tecnologia de satélites para monitorar o A23a permite prever conflitos com ilhas e massas terrestres. As imagens fornecem dados cruciais sobre a posição e o ritmo de derretimento do iceberg, essenciais para desenvolver estratégias que minimizem o impacto ambiental.
Uma colaboração internacional crescente utiliza ciência e tecnologia para proteger regiões vulneráveis como a ilha Géorgia do Sul, de ameaças naturais em grande escala.