O senador Marcos do Val (Podemos-ES) presta depoimento à Polícia Federal (PF) na tarde desta quinta-feira (2) para explicar uma suposta reunião que o parlamentar teve com Jair Bolsonaro (PL) e Daniel Silveira (PTB-RJ) no ano passado, na qual teria sido apresentada uma proposta para um golpe de Estado. Ele chegou à PF por volta de 17h15.
Segundo Do Val, o plano incluiria gravar, com uma escuta ilegal, alguma declaração que comprometesse o ministro Alexandre de Moraes.
Anteriormente, em uma transmissão ao vivo durante a madrugada, o senador afirmou que o ex-presidente o teria coagido a participar da tentativa de golpe de Estado. Horas mais tarde, voltou atrás e disse que Bolsonaro ficou calado durante a reunião.
Então, o parlamentar destaca ainda que teria denunciado o plano a Alexandre de Moraes.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, confirmou a existência da reunião, mas que a situação “não configura crime”.
Silveira é preso
Também nesta quinta-feira, Daniel Silveira foi preso por descumprimento de medidas cautelares impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A CNN apurou que foram encontrados na operação de busca e apreensão na casa de Silveira cerca de R$ 276 mil em dinheiro vivo.
PF ouve Valdemar Costa Neto
Outro depoimento que estava marcado para a tarde desta quinta era o de Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL.
Ele também deveria explicar a declaração feita na semana passada de que recebeu minutas semelhantes às encontradas na casa do ex-ministro Anderson Torres, com a intenção de rever o resultado das eleições.
Segundo Gustavo Uribe, analista de Política da CNN, Valdemar afirmou à PF que não tratou de minuta golpista com Jair Bolsonaro e que teria recebido poucas vezes documentos como esse de pessoas comuns em eventos, por exemplo. Além disso, a maior parte não era levada a sério e acabava triturada.
Além disso, nunca teria acreditado na hipótese de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não assumir a Presidência da República e que não teria feito discussões neste sentido.
*com informações de Lucas Schroeder, Basília Rodrigues e Gustavo Uribe, da CNN