O paciente José Marcelino de Araújo alega que sofreu negligência médica por parte do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel no dia 4 de janeiro. No dia que deu entrada no hospital, José estava sentindo dores no peito, não conseguia andar bem, nem respirar e desconfiava que poderia ser uma pneumonia ou algo no coração. O paciente foi diagnosticado com gases por um médico de plantão, mas após Araújo procurar outro hospital, foi constatado que ele tinha uma bactéria no pulmão, derrame pleural e uma trombo embolia pulmonar. Em resposta à reportagem da TRIBUNA DO NORTE, A Secretaria de Saúde Pública do RN (Sesap), a pasta informou que não identificou negligência nesse caso.
De acordo com o relato do paciente, no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, ele fez a triagem, foi encaminhado para realizar o exame eletrocardiograma e foi atendido por um médico que afirmou ser gases e não precisava de urgência. José Marcelino desacreditou do que o profissional falou e disse que não era normal esse tipo de dor no caso de gases. “Quando eu questionei, ele me repreendeu e disse que o médico lá era ele”, relembra.Play Video
No mesmo dia, José Marcelino viajou para Recife, onde procurou atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e foi diagnosticado com uma bactéria no pulmão, derrame pleural e trombo embolia pulmonar.
Segundo a Sesap, a equipe do pronto-socorro seguiu todo o protocolo firmado para casos em que os pacientes estão com dor precordial/suspeita de infarto agudo do miocárdio, tendo sido descartada a suspeita de infarto a partir de um eletrocardiograma feito no primeiro momento. “Dada a situação, o protocolo indica que o paciente seja indicado a uma unidade de atenção básica ou de outro perfil para investigação do caso, já que o Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel é unidade especializada em trauma e acidentes vasculares. Reforça-se que em momento algum foi negada assistência ao paciente”, afirmou a secretaria.
A Sesap ainda ressaltou que os profissionais do hospital são preocupados com a saúde dos pacientes e que acompanham cada caso com cuidado. “A gestão do Walfredo Gurgel implementa uma política contínua de atendimento humanizado e escuta ativa entre os seus profissionais de saúde que, diuturnamente, se empenham ao máximo para salvar vidas neste que é o maior hospital público do RN, com uma média mensal de 6 mil atendimentos”, completou.