RN GERA MAIS DE 7 MIL NOVOS EMPREGOS EM AGOSTO, O MELHOR RESULTADO DESDE 2020

O Rio Grande do Norte registrou, em agosto de 2024, a criação de 7.239 novas vagas de emprego formal, o melhor resultado mensal desde o início da série histórica do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), iniciada em janeiro de 2020. Os dados foram divulgados na sexta-feira 27, pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Esse saldo representa o oitavo mês consecutivo de contratações no estado e confirma a recuperação contínua do mercado de trabalho potiguar.

No acumulado do ano, o estado já contabiliza 26.340 novos empregos formais, superando o resultado do mesmo período de 2023, quando foram criadas 15.409 vagas. Na comparação regional, o Rio Grande do Norte alcançou a quarta posição em geração de empregos em 2024, sendo superado por Bahia, Ceará e Pernambuco, que registraram, respectivamente, mais de 81 mil, 44.179 e 43.492 novos postos de trabalho.

Serviços e Comércio são destaques de setores com novos empregos

Em agosto, os setores de Comércio e Serviços, somados, abriram 2.775 vagas, um número superior aos 1.766 postos criados no mesmo mês do ano anterior. A Agropecuária respondeu pela criação de 2.258 novas vagas e a Indústria por 1.342 postos.

O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio RN), Marcelo Queiroz, comemora os resultados relacionados os segmentos que a entidade representa. “O setor de Serviços foi o maior gerador de empregos no estado, com a criação de 14.512 novas vagas no acumulado do ano, praticamente o dobro das 7.482 vagas registradas no mesmo período de 2023”. Ele ainda afirma que o Comércio também teve um desempenho significativo. Juntos, Serviços e Comércio, geraram 17.459 postos de trabalho em 2024, respondendo por mais de 66% do total de vagas criadas no ano.

Brasil gerou mais de 235 mil novos postos de trabalho em agosto

Agência Brasil

O Brasil ampliou em 232.513 o número de postos de trabalho com carteira assinada no mês de agosto, número 0,49% maior do que o observado no mês anterior. No acumulado do ano, período compreendido entre janeiro e agosto, já foram geradas 1.726.489 novas vagas. Os dados constam do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgado nesta sexta-feira 27 pelo Ministério do Trabalho e Emprego.ebcebc

Tendo como recorte os últimos 12 meses (período entre setembro de 2023 e agosto de 2024), o saldo de postos de trabalho está positivo, com a criação de 1.790.541 novas vagas. “Com isso, o estoque, que é a quantidade total de vínculos celetistas ativos, contabilizou 47.243.764 vínculos, representando uma variação de +0,49% em relação ao mês anterior”, informou o ministério.

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Brasil gerou mais de 235 mil novos postos de trabalho em agosto – Foto: José Aldenir/Agora RN

Ministro do Trabalho e Emprego em exercício, Francisco Macena ressaltou que a boa notícia é que “não só os cinco grandes grupos econômicos, mas as 27 unidades federativas apontaram crescimentos importantes”.

O destaque de agosto ficou com o setor de Serviços, que criou 118.364 postos em agosto. No acumulado do ano, o saldo positivo chegou a 916.369 novos postos. A indústria foi responsável pela criação de 51.634 novos empregos em agosto, com destaque para a indústria de transformação (50.915 postos). No acumulado do ano, este setor já soma 343.924novos postos.

Críticas ao BC

“O acumulado da indústria já representa 90% de todos os postos de trabalho que foram criados no ano passado. Isso, para nós, é um indicador muito importante por mostrar retomada do desenvolvimento econômico e da perspectiva de um desenvolvimento mais sustentável, apesar de o Banco Central, aquele povo ensimesmado, ainda trabalha, na nossa opinião, em uma perspectiva contrária ao desenvolvimento econômico do país, aumentando o custo da dívida pública e deixando de incentivar investimentos na indústria e na economia”, argumentou Macena ao ressaltar que o BC precisa levar em conta, nas análises que costuma apresentar, que “a perspectiva de desenvolvimento do país vai além da política monetária”.

O setor de comércio gerou 47.761 novos empregos com carteira assinada em agosto; e 169.868 no acumulado do ano. A construção civil criou 13.372 postos no mês e 213.643 no acumulado entre janeiro e agosto. Já o da agropecuária gerou 1.401 novos empregos formais em agosto; e 82.732 no acumulado de 2024.

“Quero chamar atenção para o quarto maior gerador de postos de trabalho [em agosto], que foi a construção civil. Na nossa opinião, começamos a ver os resultados dos investimentos públicos do Novo PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] na habitação. Principalmente, nos recursos de financiamento por FGTS Minha Casa Minha Vida no mercado imobiliário. Nossa expectativa é que isso seja impulsionado cada vez mais”, explicou o ministro.

Regiões e estados

No comparativo entre as regiões do país, o Sudeste gerou 841.907 empregos ao longo de 2024. O Sul gerou 309.140 novos empregos formais; o Nordeste registrou mais 257.925 vagas; o Centro-Oeste, 187.471; e o Norte, 104.773 postos.

“Acreditamos que os próximos meses nós continuaremos também nessa curva crescente e que sai a gente fecha o ano mesmo com a sazonalidade de dezembro chegando bem próximo ou se não batendo a marca de 2 milhões de novos trabalhadores formalizados”, disse o ministro em exercício.

“São Paulo está puxando o crescimento, com 60.770 [novos postos de trabalho]. Rio de Janeiro, 18.660 Postos; Pernambuco com 18.112; e o que a gente sempre tem destacado aqui: a importância da retomada dos empregos também no Rio Grande do Sul, que apresentou mais 10.413 empregos, consolidando uma retomada que vem desde julho”, disse o ministro.

Ele acrescentou que os números mostram uma vigorosa recuperação do mercado de trabalho no Rio Grande do Sul, após as chuvas e as enchentes que assolaram o estado. “Se a gente pegar o acumulado aqui também desse período, vamos perceber que o Rio Grande do Sul recuperou metade dos empregos que foram perdidos devido a catástrofe que aconteceu lá”.

Gênero, faixa etária e renda

Ainda de acordo com o Novo Caged, do total de novas vagas geradas no mês de agosto, 119.317 foram ocupadas por mulheres e 113.196 por homens. Com relação à faixa etária, o maior saldo foi observado entre os trabalhadores com faixa etária entre 18 e 24 anos (126.914 novos postos de trabalho).

Trabalhadores com ensino médio completo também registraram o maior saldo (154.057). Quanto à raça/cor, a maioria dos empregos foi gerada para pardos, com um saldo de 204.407 novos postos no mês.

O ministro destacou, também, os reflexos deste cenário no valor do salário médio das novas contratações. “O salário médio real de admissão de agosto ficou em R$ 2.156,86. Uma redução de R$ 7,54 em comparação com o valor de julho. Por outro lado, se a gente considerar os trabalhadores típicos [modelo tradicional, regido pela CLT], o salário real de admissão foi R$ 2.186,69 o que é uma elevação de 1,4%”.

“O emprego e a atividade econômica continuam crescendo no país. Continuaremos trabalhando essa meta do governo federal, de uma política de investimento em todos os setores. Acreditamos que este é o movimento virtuoso possível, para podermos proporcionar maior desenvolvimento e melhor distribuição de renda”, complementou Macena.