Servidores da saúde denunciam que a sala de recuperação do Centro Cirúrgico do hospital Walfredo Gurgel vive um “cenário de guerra” desde a última sexta-feira 16. De acordo com os funcionários da própria unidade, a situação está insustentável ao ponto de não terem espaço para transitarem.
“Está insustentável a situação, não só pela quantidade de pacientes, mas pela quantidade de pacientes que querem colocar em um setor só, onde nós não temos condições de trabalhar. O espaço que tem entre um paciente e outro é intransitável. Não estamos conseguindo trabalhar ali. Eu machuquei minha coluna me esgueirando entre uma cama e outra para trocar dreno, outra colega machucou a perna porque não tem como transitarmos”, desabafou uma funcionária, segundo relato do Sindicato dos Servidores da Saúde (Sindsaúde-RN).
De acordo com o sindicato, o hospital está com pacientes dentro do corredor do Centro Cirúrgico com leitos extras. O quadro desta terça-feira 20 era de 49 pacientes no corredor do pronto socorro e 26 na sala de recuperação. Além disso, existem três salas do centro cirúrgico bloqueadas com pacientes dentro porque não há leito disponível.
“Estamos passando um processo muito difícil em nosso setor só de cobrança. Muita cirurgia, a demanda está ultrapassando o limite, estamos sobrecarregadas. Continua 4 técnicos, não temos espaços, as camas uma em cima das outras, a gente sem espaço para nada. Eles querem nos obrigar a aceitar o Centro Cirúrgico, que tem capacidade para 9 camas, com 20. Não aceitamos. Isso é desumano! Estamos sem a condição mínima para garantir uma assistência”, denunciou outra servidora.
Além de toda sobrecarga e condições precárias de trabalho, os servidores reclamam de assédio moral “tanto da parte da direção, que cobra o mesmo atendimento mesmo com a sobrecarga, quanto dos pacientes que não entendem e jogam a responsabilidade em cima dos funcionários”. “Está muito difícil, está uma situação de enlouquecer! Se eu fosse fraca da cabeça já estaria de atestado, tomando Rivotril, com o psicológico totalmente abalado”, completou a servidora.
Em nota nesta terça-feira, o Sindsaúde-RN informou que vai apresentar uma denúncia no Ministério Público do Trabalho e no Conselho Regional de Enfermagem (Coren). “O Governo Fátima e a Sesap precisam urgentemente solucionar essa situação instalada no Walfredo Gurgel. É inadmissível que os trabalhadores e da saúde paguem o preço de uma conta que não é deles. Esses servidores estão adoecendo, estão sobrecarregados e trabalhando em condições desumanas”, enfatiza Rosália Fernandes, coordenadora do Sindsaúde-RN.
Servidores da saúde denunciam que a sala de recuperação do Centro Cirúrgico do hospital Walfredo Gurgel vive um “cenário de guerra” desde a última sexta-feira 16. De acordo com os funcionários da própria unidade, a situação está insustentável ao ponto de não terem espaço para transitarem.
“Está insustentável a situação, não só pela quantidade de pacientes, mas pela quantidade de pacientes que querem colocar em um setor só, onde nós não temos condições de trabalhar. O espaço que tem entre um paciente e outro é intransitável. Não estamos conseguindo trabalhar ali. Eu machuquei minha coluna me esgueirando entre uma cama e outra para trocar dreno, outra colega machucou a perna porque não tem como transitarmos”, desabafou uma funcionária, segundo relato do Sindicato dos Servidores da Saúde (Sindsaúde-RN).
De acordo com o sindicato, o hospital está com pacientes dentro do corredor do Centro Cirúrgico com leitos extras. O quadro desta terça-feira 20 era de 49 pacientes no corredor do pronto socorro e 26 na sala de recuperação. Além disso, existem três salas do centro cirúrgico bloqueadas com pacientes dentro porque não há leito disponível.
“Estamos passando um processo muito difícil em nosso setor só de cobrança. Muita cirurgia, a demanda está ultrapassando o limite, estamos sobrecarregadas. Continua 4 técnicos, não temos espaços, as camas uma em cima das outras, a gente sem espaço para nada. Eles querem nos obrigar a aceitar o Centro Cirúrgico, que tem capacidade para 9 camas, com 20. Não aceitamos. Isso é desumano! Estamos sem a condição mínima para garantir uma assistência”, denunciou outra servidora.
Além de toda sobrecarga e condições precárias de trabalho, os servidores reclamam de assédio moral “tanto da parte da direção, que cobra o mesmo atendimento mesmo com a sobrecarga, quanto dos pacientes que não entendem e jogam a responsabilidade em cima dos funcionários”. “Está muito difícil, está uma situação de enlouquecer! Se eu fosse fraca da cabeça já estaria de atestado, tomando Rivotril, com o psicológico totalmente abalado”, completou a servidora.
Em nota nesta terça-feira, o Sindsaúde-RN informou que vai apresentar uma denúncia no Ministério Público do Trabalho e no Conselho Regional de Enfermagem (Coren). “O Governo Fátima e a Sesap precisam urgentemente solucionar essa situação instalada no Walfredo Gurgel. É inadmissível que os trabalhadores e da saúde paguem o preço de uma conta que não é deles. Esses servidores estão adoecendo, estão sobrecarregados e trabalhando em condições desumanas”, enfatiza Rosália Fernandes, coordenadora do Sindsaúde-RN.
OUTRO LADO.
Em nota, a direção do Hospital Walfredo Gurgel disse que está “trabalhando para desafogar a unidade, que vem passando por uma sobrecarga de atendimentos”. A direção do hospital conta que, em julho, a unidade registrou recordes em atendimentos, com mais de 6,4 mil pessoas recebidas apenas no pronto-socorro, além de aumentos em casos de AVC (+27,8%) e ortopedia (+10,3%).
“A tendência mostrada pelos dados em julho se mantém para este mês. Ao mesmo tempo, o hospital está recebendo investimento de R$ 9 milhões para a ampliação e reforma de setores, além da construção de um novo centro cirúrgico, que chegou a 40% de execução da obra e vai dobrar a capacidade atual do setor”, informa o hospital, em nota. l