DNA DO GRÃO: CAFÉ ULTRAPASSA GERAÇÕES E É FONTE DE RENDA DE FAMÍLIA NO INTERIOR DO RN

De geração em geração e com muito trabalho em família pequenos produtores fazem renascer tradições que pareciam ter ficado no passado. Foi assim para o barista e produtor do Café Jaçanã, Diogo Castro, que encontrou, na fazenda adquirida pelo avô na década de 1970, a chance de ressurgir a prática da agricultura familiar em Jaçanã, no interior do Rio Grande do Norte, e ainda contribuir para o crescimento de oportunidades de emprego na região.

Hoje, com mais de 15 mil plantações de café espalhadas pela fazenda, Diogo divide com a esposa Izaura Castro a paixão pelo cultivo dos grãos que dão origem a uma das bebidas mais populares do mundo, o café. “Quando se casa, não é só um, mas dois que se tornam um. Ali, surgiu uma oportunidade de recomeço, surgiu uma oportunidade de reviver, de ressurgimento. O café eu digo que foi um instrumento, foi um presente que Deus nos deu”, disse Izaura.

Tudo começou na década de 1950, em Parnamirim, cidade da Grande Natal, quando Firmino Gomes de Castro, avô de Diogo, decidiu entrar no ramo do café. Mais tarde, entre 1970 e 1980, o patriarca da família adquiriu a fazenda na cidade de Jaçanã e resolveu começar a plantação de mudas no local, iniciando a produção sob o nome Café Rio Grande.

O trabalho, no entanto, não foi continuado devido às dificuldades de produção e vendas do café na região. “Como ficou difícil de vender meu pai foi desestimulando e, na realidade, foi deixando de lado, abandonando [o cultivo]”, disse Diogo.

Mas foi durante o período de isolamento social que envolveu a pandemia da Covid-19 que o produtor encontrou, com a família, a esperança de renascer o sonho do cultivo de café na fazenda do avô.